A configuração do ambiente no SIGAFIN Protheus para permitir a seleção de filiais nos aplicativos móveis é uma questão recorrente entre os usuários que desejam personalizar a experiência em sistemas de gestão financeira. O controle sobre quais filiais podem ser acessadas via aplicativo é essencial para garantir segurança, praticidade e aderência às políticas corporativas, particularmente em organizações que administram múltiplas unidades ou áreas de negócio.
No momento, as configurações disponíveis no sistema estão direcionadas apenas para especificar quais grupos de filiais estarão homologadas para a utilização do serviço REST, uma tecnologia que viabiliza a integração entre o Protheus e aplicações externas, como os apps empresariais. Isso não significa que exista, atualmente, uma opção nativa para filtrar exatamente quais filiais serão apresentadas para o usuário selecionar no aplicativo — essa função é vista pela equipe de desenvolvimento como uma potencial melhoria futura do produto.
A configuração central envolvida neste contexto é a chamada “PrepareIn”. Por meio desse parâmetro, o administrador do sistema define quais ambientes (empresas/filiais) estarão preparados para responder a solicitações via REST. Por exemplo, ao atribuir “ALL” ao parâmetro, todas as empresas do ambiente ficam disponíveis para este tipo de integração. Caso haja a necessidade de delimitar o acesso a apenas uma filial específica — como a filial 01 da empresa 1 —, o valor do parâmetro deve ser definido como “1,01”. Isso restringe as operações do REST àquela determinada filial.
Apesar de essa definição ser um passo importante para segmentar o acesso ao backend por meio da API, ainda não é suficiente para personalizar completamente a interface de seleção de filiais nos aplicativos móveis. Para isso, seria necessário um ajuste adicional, permitindo que o próprio app pudesse consultar e exibir apenas as filiais relevantes por usuário ou grupo, de acordo com as permissões e políticas definidas no ambiente corporativo.
A ausência desta funcionalidade pode ter impactos operacionais. Usuários podem visualizar unidades às quais não deveriam ter acesso, aumentando riscos de exposição de dados ou criando confusão em operações rotineiras, sobretudo em empresas com rede extensa de filiais. Além disso, limita a adoção plena de políticas de governança e compliance, que frequentemente exigem rigor no controle de acessos.
Como exemplo prático, imagine uma empresa nacional com presença em todas as regiões do país. Seus gestores regionais acessam os aplicativos para prestar contas de despesas, visualizar resultados financeiros e aprovar movimentações. Sem o adequado filtro de filiais por área de atuação, um gestor poderia visualizar informações de unidades sob responsabilidade de outros colegas, prejudicando tanto a confidencialidade quanto a eficiência na operação.
Como recomendação, empresas que dependem deste tipo de controle devem considerar o desenvolvimento de customizações específicas ou buscar junto ao fornecedor do ERP a priorização dessa melhoria em releases futuros. Enquanto isso, é possível mitigar o risco configurando o parâmetro PrepareIn adequadamente, limitando as operações REST apenas às filiais de interesse e adotando controles adicionais fora do sistema para gerir o acesso aos dados.
Em suma, a configuração de filiais no ambiente Protheus para uso em apps móveis é um tema relevante para a administração de sistemas financeiros e, apesar das limitações atuais, há alternativas de mitigação. Para melhor aproveitamento da plataforma, é importante acompanhar as evoluções do produto e manter diálogo constante com o suporte técnico especialista.
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